quarta-feira, 12 de março de 2014

Vídeo do "Dia de Campo na TV" Produção de peixes ornamentais



O vídeo do programa "Dia de Campo da TV", Produção de Peixes Ornamentais, da Embrapa, já está disponível na Videoteca da Embrapa, no canal YouTube:

http://hotsites.sct.embrapa.br/diacampo/programacao/2013/producao-de-peixes-ornamentais

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pesquisadores estudam como alimentação colabora para reintrodução de peixes–bois à natureza



(Fonte:Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia, INPA
- Séfora Antela)
A pesquisa é feita em parceria entre Inpa, Ampa e Universidade de Tóquio com animais que vivem em cativeiro no Inpa, em Manaus, e em vida livre na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, no rio Purus, interior do AM
Detectar eventos de alimentação do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), identificando o som da mastigação dos diferentes alimentos que fazem parte da dieta da espécie. Este é o objetivo do experimento que está sendo realizado por meio de uma cooperação técnica entre o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e o Instituto de Pesquisas Oceânicas da Universidade de Tóquio.
De acordo com Diogo Souza, colaborador da Ampa e um dos pesquisadores responsáveis pelo experimento, a ideia do estudo é ter dados suficientes para caracterizar o comportamento alimentar da espécie e investigar se os animais reintroduzidos no ambiente natural estão se alimentando de forma correta, tendo em vista que a visualização desses animais liberados em vida livre torna-se difícil por causa do seu comportamento discreto e das águas turvas da região.
“Experimentos prévios no cativeiro do LMA/Inpa mostraram que eventos de alimentação do peixe-boi foram detectados com sucesso, utilizando sons de mastigação registrados por um equipamento de tecnologia japonesa conhecido como AUSOMS-mini. Estes sons de alimentação foram extraídos automaticamente com a ajuda de um programa desenvolvido especialmente para realização de pesquisas com a espécie”, explica  Souza.   
O pesquisador explica que no último trabalho de reintrodução, em 2009, realizado pelo LMA/Inpa e Ampa, foi constatado que os animais soltos tiveram dificuldade de procurar alimento e, segundo os cientistas, esse foi um dos motivos pelos quais eles não conseguiram se readaptar ao ambiente natural. 
“Estamos analisando os diferentes tipos de plantas consumidas pelos peixes-bois e os sons produzidos pela mastigação. Desta forma, por meio desse dispositivo, poderemos analisar se nos primeiros dias, após a soltura, o animal estará se alimentando com frequência e qual o tipo de planta consumida”, ressalta Mumi Kikushi, pesquisadora da Universidade de Tóquio.
Avanço nas pesquisas
Para Diogo Souza, com essa tecnologia será possível, futuramente, realizar estimativa populacional de peixe-boi da Amazônia. “Até hoje, não existem estudos ou pesquisas que revelem estimativas populacionais para o número de indivíduos de peixes-bois da Amazônia. Esse equipamento apresenta-se como importante ferramenta para estudos ecológicos com o peixe-boi na natureza e contribuirá para aumentar o conhecimento sobre as principais áreas de ocorrência da espécie, como a RDS Piagaçu-Purus”, diz.  
Antecedentes
Diogo Souza conta que muitos peixes-bois chegam ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos ainda filhotes, a maioria vítima da caça ilegal. Passam parte da vida nos tanques do Parque Aquático Robin C. Best, no Bosque da Ciência, no Inpa, recebendo todos os cuidados necessários para se reabilitarem. Ele ressalta que a dificuldade dos ambientalistas, os Amigos do Peixe-boi, que trabalham na preservação desse mamífero, endêmico da Amazônia,  é o que fazer com eles depois que crescem.  “A missão desse grupo é tirá-los do perigo de morte e, depois de saudáveis, fechar um ciclo, devolvendo ao lugar de onde nunca deveriam ter saído, a natureza”, explica Souza.
Para o pesquisador da Ampa, não basta só soltar no ambiente natural, sendo preciso muito esforço para que os indivíduos/animais se adaptem novamente as particularidades dos rios da Amazônia. Em 2009, segundo o pesquisador, o LMA/Inpa e a Ampa fizeram a segunda tentativa de soltura de dois peixes-bois machos adultos. “Os dois animais emagreceram muito. Um deles foi resgatado e voltou para o Inpa. Hoje, está saudável vivendo em semicativeiro e é de novo candidato para as próximas solturas”, explica  Souza.     
Em 2011, três animais que viviam em cativeiro no Inpa foram translocados para um ambiente de semicativeiro de 16 hectares, em Manacapuru, interior do Estado do Amazonas, distante da capital 68 km. Nos anos seguintes, mais três exemplares da espécie foram também encaminhados para este recinto. Paricatuba, Iranduba, Matupá, Mapixari, Anori e Tupy foram os contemplados para participar dessa etapa.
“A fase de pré-soltura (semicativeiro) mostra-se como requisito fundamental para auxiliar a readaptação gradual de peixes-bois da Amazônia, criados em cativeiro, às condições dos rios amazônicos”, finaliza Souza.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Peixes de água doce são submetidos a altas temperaturas que simulam mudanças climáticas

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA - Ana Luiza Hernandes


O objetivo é determinar faixas de temperaturas específicas para manutenção da atividade metabólica.
Avaliar como os peixes de água doce de regiões tropicais serão afetados pelo aumento da temperatura da água em resposta às mudanças climáticas globais é um dos objetivos do projeto “Hot Fish”, uma parceria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade de Carleton, em Ottawa, no Canadá.

O projeto é baseado na “Hipótese de Jansen”, criada em 1967, que sugere uma diferença na tolerância térmica entre organismos de regiões temperadas e tropicais, devido, principalmente, a menor variação na temperatura do ambiente nos trópicos.

A pós-doutoranda Dominique Lapointe da Universidade de Carleton, especialista em Ecofisiologia de Peixes, explica que as espécies de regiões tropicais podem não sofrer esta tolerância térmica devido ao ambiente aquático ter poucas variações sazonais de temperatura.

“Em ambientes aquáticos de regiões temperadas, os organismos ectotérmicos - aqueles em que a temperatura interna é determinada pelo equilíbrio com as condições térmicas do meio externo - tais como os peixes, desenvolveram uma ampla tolerância térmica. Isso pode ser comprovado pela observação da grande variação na temperatura corpórea desses organismos entre os períodos de inverno e verão nas regiões temperadas. Por outro lado, os peixes tropicais podem não ter desenvolvido uma ampla faixa de tolerância térmica, uma vez que eles habitam em corpos d’água que sofrem pequenas variações sazonais na temperatura”, afirmou Lapointe.

Mudanças climáticas
A pesquisadora também relatou que as mudanças climáticas podem ser potencialmente prejudiciais à manutenção do equilíbrio dos ambientes de água doce de regiões tropicais, como no Rio Negro, já que estes sustentam uma importante diversidade biológica.

A fim de descobrir como os peixes de água doce das regiões tropicais responderão ao aumento da temperatura em reação às mudanças climáticas globais, a cientista pretende utilizar a técnica de respirometria, que consiste na medição do consumo de oxigênio pelos peixes, para determinar as faixas de temperatura específicas à manutenção da atividade metabólica nesses animais, além de examinar os mecanismos fisiológicos e moleculares envolvidos com o estabelecimento das faixas de tolerância térmica nas espécies.
O projeto também se propõe a oferecer melhorias à pesquisa com o uso de equipamentos e realização de treinamentos necessários.

No período inicial dos experimentos, um sistema com tanques foi construído no Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM), no Inpa, para análise de 60 peixes das espécies matrinxã e tambaqui. Para cada uma delas, foram feitos três tratamentos diferentes com filtros mecânicos, químicos e biológicos: o primeiro consistiu em submeter os peixes à temperatura ambiente, o segundo à temperatura ambiente mais 2°C, e o terceiro à temperatura ambiente mais 4°C. A escolha pelo aumento das temperaturas se deu através dos níveis os quais estas espécies terão que suportar a partir das mudanças climáticas.
“Os peixes de regiões tropicais são provavelmente mais sensíveis a pequenas oscilações na temperatura do ambiente aquático, conforme demonstram relatórios prévios sobre mudanças climáticas”, disse.

Além disso, as alterações climáticas em regiões tropicais podem colocar em risco a segurança alimentar humana. “Nos países em desenvolvimento, os peixes representam importante fonte de proteína aos seres humanos e também são fundamentais à geração de renda”, afirmou.
“O Brasil é nossa primeira parada, também vamos trabalhar na Uganda e no Camboja. Esses três locais foram definidos porque a pesca de água doce é muito importante para a segurança alimentar das populações, e em cada um destes locais vamos estudar duas espécies de peixes. Aqui em Manaus, por exemplo, escolhemos o matrinxã e o tambaqui, e em cada um deles examinamos parâmetros como sangue, peso, crescimento e taxa metabólica”, completou a doutora.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pesquisadores se reúnem para discutir aquicultura sustentável



Fonte: MPA

Em um futuro não muito distante, o Brasil poderá se tornar uma plataforma de produção de pescado, para atender o mercado doméstico e internacional. Afinal, de acordo com a FAO, até 2025, o mundo demandará mais 50 milhões de toneladas de pescado e o País tem tudo para prover uma parte significativa dessa demanda. A produção deverá ser realizada em reservatórios públicos, no litoral e ainda em propriedades rurais.

Tendo em vista essa perspectiva, o Governo Federal e as instituições acadêmicas estão se mobilizando para implantar no País uma aquicultura moderna e sustentável, que beneficie as atuais e futuras gerações.

Em Brasília, com o apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por exemplo, está sendo realizado desde hoje (5) e até a próxima sexta-feira um workshop sobre aquicultura sustentável.


Sistemas de produção

O workshop, aberto pela secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do MPA, Maria Fernanda Nince Ferreira, está sendo coordenado pelo professor Wagner Cotroni Valenti, do Centro de Aquicultura da Universidade Estadual Paulista (UNESP). No encontro ele busca consolidar uma rede nacional de pesquisa com a participação de mais de 40 especialistas em aquicultura brasileiros. “Este projeto, que integra o Programa de Pesquisa Repensa Brasil, pretende levantar indicadores para a sustentabilidade dos sistemas de cultivo utilizados no País, como carcinicultura marinha, tilapicultura em tanque-rede e ostreicultura”, afirma o professor Valenti.

Segundo ele, o trabalho leva em consideração três componentes: preservação do meio ambiente, desenvolvimento social e produção lucrativa. Até 2015, esse grupo de pesquisadores irá definir um conjunto de indicadores de sustentabilidade que poderão ser levados em conta em políticas públicas e em iniciativas empresariais.


Atualmente, parâmetros do setor, como capacidade de suporte, eficiência dos sistemas e impacto ambiental, levam em consideração estimativas quase sempre de cunho teórico. O trabalho do grupo, que reúne pesquisadores das principais regiões produtoras, do Pará a Santa Catarina, possibilitará um conhecimento mais profundo dos sistemas de produção brasileiros na aquicultura e a sua relação com o meio antrópico e ambiental. O País então contará com informações e indicadores mais confiáveis e precisos para promover a sustentabilidade na atividade aquícola.


Perspectivas
Na abertura do workshop, a secretária Maria Fernanda expôs as políticas do MPA e destacou a importância do projeto coordenado pelo professor Valenti para a sustentabilidade ambiental da aquicultura brasileira.

Segundo ela, o Ministério licitou, em 2013, 900 hectares de lâmina d’água em reservatórios públicos, beneficiando, sobretudo, pequenos produtores. A política de estímulo à atividade, entretanto, também atendeu a projetos empresariais. “Em 2013, o BNDES ofertou crédito de R$ 15 milhões a R$17 milhões para projetos maiores, inclusive um no valor de R$ 40 milhões”, afirmou. Em outro momento, ela disse que o IBGE agora está à frente do levantamento das informações do censo aquícola nacional, importante para as ações de planejamento do Governo Federal.

Rodrigo Roubach, coordenador geral de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura Marinha em Estabelecimentos Rurais do MPA, também presente ao encontro, recordou a importância da aquicultura para o abastecimento mundial de pescado. “Hoje a produção aquícola mundial já supera a produção bovina”, diz Roubach. O crescimento da aquicultura impressiona. “Há 20 anos, apenas um entre cinco pescados era proveniente da aquicultura, e hoje ela atende a metade das necessidades da população mundial”, afirma. O setor de pescado, acrescenta, responde por 60% da exportação relacionada à proteína animal no mundo.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Exposição reúne empresários produtores de pescado interessados em participar da Expo Milão 2015



A exposição “O Pescado Brasileiro Rumo a Milão” vai reunir nesta quarta-feira (12), empresas produtoras de pescado interessadas em expor seus produtos na Expo Milão 2015. O evento promovido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura começa às 9h e segue até o fim do dia no térreo do Ministério. O público poderá degustar os produtos oferecidos pelos expositores e conferir publicações ligadas ao setor.

Vinte e uma empresas vão participar do evento. Dentre elas estão: a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA); AB Tilápias; Algas do Brasil; Anepe; Associação Goiana de Ranicultura;Bomar - Empresa Brasileira de Pescados; By Filip; Confraria do Camarão; Denusa Demarchi;Francal; Frigoind;Marithimu’s Frutos do Mar; Nosso Mar;Peixe Pé Sapatos; Rio Marc - Indústria e Comércio de Pescados; Riviera Investimentos;Tamborá Pescados, dentre outras.

Após a abertura, será realizada uma reunião no auditório do Ministério com os empresários. A expectativa é de que pelo menos 50 empresas participem da reunião que irá discutir detalhes da Expo Milão e contará com a presença do secretário executivo do MPA, Átila Maia da Rocha, de representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) e do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A Expo Milão ocorrerá entre os dias 1º de maio a 31 de outubro de 2015, em Milão, na Itália. A exposição tem como tema “Nutrir o Planeta, Energia para a Vida” e contará com a participação de mais de 142 países, além de importantes órgãos internacionais.

A estrutura do evento terá uma área de 1,7 milhão de m², sendo que o Pavilhão Brasileiro ocupará 4.133 m². Com expectativa de 160 mil visitantes por dia, o Brasil contribuirá com uma programação de eventos, reuniões, seminários, shows e degustação de alimentos, com o objetivo de envolver o público internacional, proporcionando oportunidades de negócios e atração de investimentos.




Programação
9h - Exposição “O Pescado Brasileiro Rumo a Milão”
Local: Térreo do Ministério da Pesca e Aquicultura
Endereço: SBS Quadra 02 lote 10 bloco "J" - Ed. Carlton Tower

Fonte: MPA